30 de março de 2006

Exclusivo Mundial

Fruto de uma investigação altamente secreta, e que me afastou completamente das lides de bloguista assíduo, estou agora apto a revelar uma descoberta explosiva! Esta prende-se com o facto de autores portugueses adoptarem identidades estrangeiras para venderem os seus livros em todo o Mundo.

De três nomes tenho já provas irrefutáveis, que apresentarei num futuro próximo. Mas, desde já, posso adiantar que Paul Auster, David Lodge e Nicolas Sparks são, efectivamente, Paulo Austero, David Loja e Nicolau Fagulhas, todos de nacionalidade portuguesa.

Em relação a Paulo Austero podemos dizer que o Livro das Ilusões é, decididamente, uma obra onde este autor relata a “aventura” que é a escrita de livros desde Trás-os-Montes, de onde é natural, para todo o mundo. Ainda que através de uma linguagem cifrada e simbólica, o próprio nome diz tudo!...

Por outro lado, David Loja é, ou melhor, foi um modesto empregado de mesa, que se dividia entre a Quarteira, durante a semana, e Albufeira ao fim-de-semana. Da constante observação dos seus clientes ingleses, acabou por perceber a essência do humor britânico e escrever obras conhecidas no mundo inteiro.

Nicolau Fagulhas, ex-bombeiro de Almeida, vai buscar a sua inspiração ao profundo amor-não-correspondido que nutre pelo seu musculado ex-colega de profissão, Arnaldo.

Temos muitas outras suspeitas em relação a muitos outros autores. Desconfiamos também que muitos autores, que se dizem estrangeiros, nem são conhecidos no país de onde dizem que são. Dizem que são estrangeiros para se aproveitarem da atitude provinciana do portuga que tem aquela irritante mania de acreditar que o que vem lá de fora é que é bom!

Mas, e isto é verdadeiramente fantástico e, ao mesmo tempo, absurdo, temos ainda uma outra revelação a fazer: existem autores estrangeiros que se fazem passar por portugueses! Sim, é inacreditável mas é verdade!

O primeiro caso trata-se de um autor que não sendo português é de expressão portuguesa: Paulo Coelho é, na realidade, Paul Rabbit. João Aguiar é Johnny Driving e João Caraça, John Mask! Desconhecemos, no entanto, o que leva estes autores a optarem por esta troca de identidade…

Esta investigação vai agora no princípio, mas pode tomar proporções gigantescas. Parece-me que isto é bem o espelho do que se passa no mundo em geral, em que ninguém quer ser aquilo que é, mas sim outra coisa qualquer!

4 comentários:

Alexandre Gabriel disse...

Caro Amigo,

Creio que o seu post é da máxima importância para todos nós, assim como este blog. Creio que muitas revelações aqui serão feitas, se tiver a delicadeza de no-las revelar.

Quanto aos casos que revela, são, de facto, prementes e até mesmo inolvidáveis e inconsequentes, primando por uma enfática absência hermetico-cifrada, etc...

Porém, cabe-me acrescentar algo a esta sua investigação... que ainda nunca tinha sido escrito ou revelado... A história de Roger Rabbit que, para além de ser um irmão de Paul Rabbit (Paulo Coelho), é na verdade um autor de naturalidade portuguesa, tendo nascido na Buraca, e que para além de ter umas orelhas enormes se apaixonou pela stripper Ana Gustava dos Prazeres e Morais, que laborava na conhecida casa do Sr. Serôdio, em Alcabideche.

Por tudo isto, e muito mais, cá ficaremos a aguardar mais novas "Ao Gostinho do Silva"... fica também aqui a novidade de que este nome poderá ser usado numa exposição de pintura dum Amigo...

Atentamente, despeço-me de todos vós que acompanham a nossa emissão em directo, ao vivo, e a cores, um saudoso abraço com caruncho!

Gola Dourada (The Golden Gol)

El Mariachi disse...

Eu, Nun Michael Days, das profundezas do meu refúgio do Carmelo, alvitro que vos haveis olvidado de referir, se digno disso fosse, o alter ego de Margarida Rebelo Pinto (Daisy Rebel Pint), que trocou as imperiais de cerveja quente do seu Eire natal pela alvura de alguns traços na sua mesinha da sala de estar (IKEA) em frente aos sofás de cabedal preto (Chateaus d'Ax) para de seguida escrever sentadinha na sanita (Roca) no seu Moleskine, enquanto se livra, a custo e com alguma dor, de dois incómodos pedaços de excreções em forma de ovos escalfados que mais não são que os dois Actimel das manhãs anteriores.

Luís Daehnhardt disse...

Meu caro El Mariachi,

Infelizmente, pelo que pude apurar, Margarida Rebelo Pinto é mesmo portuguesa. É uma pena, uma vergonha para todos nós, mas é incontornável e temos que lidar com esse facto o melhor que soubermos...

Anónimo disse...

Fui descoberto!
Como deve calcular, a única maneira de conseguir manter secretas as suas investigações na sociedade da informação é publicá-las na língua de um país que não se interesse pela ciência. Claro que há sempre um risco - o de alguém inteligente e perspicaz como o deepblue descobrir a verdade.
Até ao meu regresso!