24 de novembro de 2006

Haxixe vendido em Portugal é o mais barato da Europa

(Notícia no DN)

Aqui está a explicação para o estado do País:

Isto está a precisar de uma revolução, parecida com aquela de Abril, mas desta vez em bom... e já estou mesmo a ver a malta:

- Comé, baza fazer uma revolução? O Páis está buéda mal, man...

- Népia, isso dá buéda trabalho... enrola mas é mais uma, man, que o haxixe está barato!

E pronto, fica tudo na mesma!

17 de agosto de 2006

Ossos do Ofício #8

O cliente: «Já não há Públicos!?»

Nós: «Já não...»

«Venderam todos???»

«Não!... Queimámos alguns!...»

26 de julho de 2006

Para bom entendedor, uma palavra dita depressa basta!

Estava tentar pôr uns livros numa caixa e pensei «se calhar não caberão». Depois analisei melhor a situação, repensei e disse «caberão, caberão»...

(Esta está a roçar o humor brejeiro; desculpem qualquer coisinha!)

Ossos do Ofício #7

A senhora, simpática e bem-parecida entra na loja e dirigindo-se à minha pessoa pede o seguinte: «Tem um Livro de Pensamentos do Dalai Lima?»... Silêncio... depois consegui responder que «não, não temos; talvez ali na livraria do Jardim»...
Às vezes a realidade supera a ficção! Desta nem o Ricardo Araújo Pereira se tinha lembrado!

27 de abril de 2006

Ossos do Ofício #6

Isto de ser livreiro não é fácil, mas esta de certeza que acontece noutros negócios...

O cliente chega ao balcão para pagar o livro e, na maioria das vezes, temos que perguntar se é para oferta. E o cliente, muito engraçado claro, com um sentido de humor apuradíssimo, responde: «É uma oferta, mas para mim!». E nós temos que sorrir e fingir que achamos piada a algo que já ouvimos naquele dia pelo menos 3 vezes... É duro!

Ossos do Ofício #5

O cliente: «Veja se tem alguma coisa para embrulhar este livro, se faz favor, é para oferta.»

A resposta: «Vou tentar... sei lá... hummm... não... talvez... sim, é isso, sou um génio, vou tentar papel de embrulho!»

Ossos do Ofício #4

Na monotonia de um trabalho que é muitas vezes repetitivo, dá vontade de fazer algumas bricadeiras com os clientes! Imaginem esta situação perfeitamente surreal, mas que tinha um piadão se tivesse a "coragem" necessária para a levar a cabo.

O cliente chega ao balcão com um livro para pagar e ouve o seguinte:
- «Desculpe, mas não lhe posso vender este livro...»
O cliente fica perplexo e pergunta:
- «Porquê?»
- «É que é último que temos.»
- «Então e por ser o último, não o posso levar?» - pergunta o cliente.
- «Claro que não! Imagine se aparece alguém interessado neste livro, depois não o tenho para lhe vender! O que seria desagradável...»

12 de abril de 2006

Ossos do Ofício #3

O cliente: «O pedido fica em nome de Doutor Lopes da Silva.»

A resposta: «É curioso! Ainda hoje atendi um senhor com o seu nome.»

O cliente: «Lopes da Silva?»

A resposta: «Não. Doutor.»

O trabalho está bem feito e o cliente satisfeito.

(Já estão a ver a ideia, certo? Mais posts do género em continuação...)

Ossos do Ofício #2

O cliente: «Tem aí um livro que eu mandei guardar...»

A resposta: «Mandou não, pediu. Aqui quem manda são só os patrões!»

O trabalho está bem feito e o cliente satisfeito!

Ossos do Ofício #1

O cliente chega ao balcão com o livro e diz: «Embrulhe-me, se faz favor!»


A resposta: «Se não se importa, vou antes embrulhar o livro que dá menos trabalho!»

O trabalho está bem feito e o cliente satisfeito.

9 de abril de 2006

Ao Gostinho do Agostinho

Um dia destes estava à conversa com um amigo meu que me dizia assim: «olha, saíram com um jornal cinco DVDs com entrevistas e cenas do Agostinho da Silva, e já tenho tudo o que há do Agostinho em formato DVD». E eu disse-lhe: «olha que não. Lá na Zéfiro vamos editar um livro que é a transcrição de um Vídeo do Agostinho da Silva e que é totalmente inédito; o livro vem com o DVD…». E ele disse: «lá estás tu a promover a Zéfiro. Isso é mentira. Já saiu tudo o que havia para sair do Agostinho.» E eu respondi-lhe: «olha que não. Vai mesmo sair este livro.» E ele disse: «não acredito. Isso és tu a promover a editora onde tens um livro editado…».

Como não podia responder-lhe mais uma vez «olha que não», pois parecia de má educação, dei-lhe antes uma pêra. Eu comi uma banana. Também gosto de peras, mas as bananas são mais fáceis de descascar. E assim acabou o assunto, pois não se fala de boca cheia.

Mas queria que ele visse agora o belíssimo livro que a Zéfiro lançou, Agostinho da Silva – Ele próprio, e provar que não o estava a enganar.

Aparece cá em casa que desta vez comemos pão com queijo!

30 de março de 2006

Exclusivo Mundial

Fruto de uma investigação altamente secreta, e que me afastou completamente das lides de bloguista assíduo, estou agora apto a revelar uma descoberta explosiva! Esta prende-se com o facto de autores portugueses adoptarem identidades estrangeiras para venderem os seus livros em todo o Mundo.

De três nomes tenho já provas irrefutáveis, que apresentarei num futuro próximo. Mas, desde já, posso adiantar que Paul Auster, David Lodge e Nicolas Sparks são, efectivamente, Paulo Austero, David Loja e Nicolau Fagulhas, todos de nacionalidade portuguesa.

Em relação a Paulo Austero podemos dizer que o Livro das Ilusões é, decididamente, uma obra onde este autor relata a “aventura” que é a escrita de livros desde Trás-os-Montes, de onde é natural, para todo o mundo. Ainda que através de uma linguagem cifrada e simbólica, o próprio nome diz tudo!...

Por outro lado, David Loja é, ou melhor, foi um modesto empregado de mesa, que se dividia entre a Quarteira, durante a semana, e Albufeira ao fim-de-semana. Da constante observação dos seus clientes ingleses, acabou por perceber a essência do humor britânico e escrever obras conhecidas no mundo inteiro.

Nicolau Fagulhas, ex-bombeiro de Almeida, vai buscar a sua inspiração ao profundo amor-não-correspondido que nutre pelo seu musculado ex-colega de profissão, Arnaldo.

Temos muitas outras suspeitas em relação a muitos outros autores. Desconfiamos também que muitos autores, que se dizem estrangeiros, nem são conhecidos no país de onde dizem que são. Dizem que são estrangeiros para se aproveitarem da atitude provinciana do portuga que tem aquela irritante mania de acreditar que o que vem lá de fora é que é bom!

Mas, e isto é verdadeiramente fantástico e, ao mesmo tempo, absurdo, temos ainda uma outra revelação a fazer: existem autores estrangeiros que se fazem passar por portugueses! Sim, é inacreditável mas é verdade!

O primeiro caso trata-se de um autor que não sendo português é de expressão portuguesa: Paulo Coelho é, na realidade, Paul Rabbit. João Aguiar é Johnny Driving e João Caraça, John Mask! Desconhecemos, no entanto, o que leva estes autores a optarem por esta troca de identidade…

Esta investigação vai agora no princípio, mas pode tomar proporções gigantescas. Parece-me que isto é bem o espelho do que se passa no mundo em geral, em que ninguém quer ser aquilo que é, mas sim outra coisa qualquer!

8 de março de 2006

Dia Mundial da Mulher

Hoje comemorou-se o Dia Mundial da Mulher.

Eu, que sou um gajo sensível, disse de mim para comigo: também hás-de assinalar este dia! E então decidi que não iria chegar hoje a casa bêbado nem bater na minha mulher!

Assim fiquei com imenso tempo livre e, não sabendo o que fazer, lancei-me na feitura de mais um blogue para juntar aos milhentos que poluem a blogosfera. Dei-lhe o nome que o meu Amigo A. me sugeriu: «Epá, tu chamas-te Silva... podias fazer um blog chamado Ao Gostinho do Silva, que faz lembrar o nome daquele senhor que faz este ano o 100º Aniversário do seu nascimento...» Eu respondi-lhe: «Olha lá, pá, tu não tens ideias melhores que essas, tipo fazeres uma editora para editares os livros do R.B. ou do R.D.?». E ele não me respondeu, pois eu tinha razão.

Mas, agora dou-lhe eu razão, por muito que isto me custe - é que eu não gosto de dar o braço a torcer, uma vez que sou uma pessoa como as outras.

E é assim que surge este blogue que procura ter piada.

Procura, procura, procura, mas não sei se vai achar...